terça-feira, 20 de setembro de 2011


Hoje, quando eu cheguei na encruzilhada que liga a Estrada Santo Antonio
à Estrada São Tarcísio, passaram por mim e se instalaram pela calçada, um
grupo de seis ''viadinhos'' bem novinhos, que faziam questão de conversar em
voz alta e deixar bem claro que tinham um dialeto exclusivo, mesclando a fala
do Povo do Candomblé com termos em inglês e francês, pertencentes ao universo
das artes cênicas. Aí, como se não bastasse, eu ouví um relincho, seguido de um
''pocotó!'': eram três cavalos velhos, descascados a procura de comida. As ''meninas'' dando pinta, os cavalos relinchando, parecia filme de Federico Fellini,
ou pesadelo? Um trabalhador que todo dia pega onibus nessa mesma hora, apa-
receu, para minha certeza de que estava acordada, e que aquele circo era real.
Mas a expressão de espanto dele era a mesma. Olhamos para ver se o onibus já estava vindo e vimos um outro adolescente, dessa vez travestido de Lady Gaga, com direito a peruca loura, maquiagem gótica, meia-calça branca, minissaia plissada, blusa de crepe e um par de sandálias muito altas como convém a uma ''cover'' da Lady. Só que para não cair do salto, ele andava como o Robocop. Só uma palavra pra vocês: BIZARRO. Quando meu onibus despontou na estrada, eu achei que ia poder acordar do sonho. me despedí do colega e entrei no buzão, passei o bilhete único, girei a roleta e dei de cara com mais cinco gays adolescentes conversando em voz alta seu dialeto particular. As vozes deles só baixaram quando a condução lotou.
Só me deem uma dica: em que bicho eu jogo hoje????????


PS. No sábado eu entrei no primeiro salão que tinha vaga para fazer alisamento, e a cabelereira Fernanda, era um travestí. Marrom Bombom.

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